75 headshots

por T. C. Soares em 29 de março de 2013, Comentários desativados em 75 headshots

Rolou um encontro de escritores de games nos EUA chamado Game Developers Conference’s Narrative Summit. O uso de violência em narrativas foi assunto central, e a conclusão foi que tiroteios extremos viraram muleta pro pessoal não pensar muito na história.

“Eu não acredito que games violentos tornam as pessoas violentas, ou as fazem menos sensíveis à violência”, diz Walt Williams, autor de Spec Ops: The Line. “Mas eu realmente acho que isso nos deixa insensíveis à violência nos jogos.” Mesmo na guerra, diz ele, quase todo soldado se lembra de cada pessoa que matou – e quando esse número chega a dezenas ou centenas em um jogo, você está muito fora do esquadro de qualquer experiência humana razoável. “Permitimos (nos games) que matar se torne não apenas mundano, mas funcionamento básico – e mais que isso, muleta”.

Escritores tem falado sobre a “dissonância ludonarrativa” – a desconexão a história de um jogo e sua jogabilidade – desde que o termo foi cunhado para BioShock, em 2007. Williams reconheceu o problema e simplesmente tenta abraçá-lo: “precisamos aceitar o fato de que em algumas dessas situações, nossos personagens são hipócritas.”

Do The Verge.